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Tipos de inteligência artificial: quais são e aplicações

Norbert OttenHead LATAM de Engenharia de Soluções
ResumoLeitura de 13 min

Conheça os 4 tipos de inteligência artificial e suas aplicações de uso. Entenda o que é a IA, suas diferenças e os benefícios para empresas. Confira agora!


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​Os tipos de inteligência artificial são inteligência artificial limitada (ANI), inteligência artificial geral (AGI), superinteligência artificial (ASI) e inteligência artificial generativa (IA generativa). Cada uma delas tem diferentes características, objetivos e aplicabilidades.

Por esse motivo, é fundamental conhecer melhor cada IA para utilizá-las corretamente e aproveitar ao máximo o potencial dessa tecnologia na sua empresa.

A inteligência artificial (IA) é um grande aliado da transformação digital e tecnológica das empresas, impactando profundamente múltiplos setores da sociedade. Desde assistentes virtuais que facilitam tarefas cotidianas até sistemas avançados que auxiliam em análises de dados, a IA está cada vez mais presente em nosso dia a dia. Para compreender melhor essa tecnologia, é fundamental conhecer os diferentes tipos de inteligência artificial e suas respectivas capacidades.

A implementação de tecnologias digitais no mundo corporativo e no nosso cotidiano representa um dos maiores impactos na maneira como interagimos com o mundo. Conforme a pesquisa de tendências 2024, realizada pela IDC para a Docusign, para o setor de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC), 35% dos Diretores de TI (CIOs) vão adotar a IA como estratégia para garantir uma vantagem sobre seus concorrentes, além de melhorar a experiência do cliente e das negociações no contexto B2B.

Neste artigo, vamos explicar quais são os tipos de Inteligência Artificial e como escolher a solução para a sua empresa, a partir das recomendações de Norbert Henry Carvalho Otten, Diretor de Soluções da Docusign para a América Latina. Boa leitura!

Quer saber mais sobre os tipos de inteligência artificial que existem? Continue a leitura!

Quais são os 4 tipos de inteligência artificial?

Conforme mencionado, existem 4 tipos principais de inteligência artificial: a limitada, a geral, a superinteligência artificial e a generativa. A seguir, saiba mais sobre cada uma delas!

1. Inteligência artificial limitada (ANI)

A IA limitada, também chamada de Artificial Narrow Intelligence (ANI), é o tipo mais comum de inteligência artificial. Ela é projetada para realizar tarefas específicas de forma rápida e eficiente, porém apenas dentro do seu escopo de programação.

Este tipo de IA também é denominada de “IA fraca”, é a mais amplamente utilizada no nosso dia a dia e requer manipulação humana para ser ativada. Esses sistemas são programados para armazenar e analisar um significativo volume de dados, automatizar processos, executar tarefas bem específicas e realizar cálculos complexos com rapidez.

Utiliza o Machine Learning e o Deep Learning, por exemplo, para aprimorar o próprio desempenho, solucionando problemas pré-programados. 

Contudo, a IA Limitada não tem a mesma performance do cérebro humano, e não consegue, por exemplo, aprender novas habilidades, apresentando competências limitadas e não tem aptidão para executar funções além do previsto.

Aplicações da IA Limitada

Essa categoria de IA está amplamente presente em nosso cotidiano, impulsionando tecnologias como assistentes virtuais (por exemplo, Siri e Alexa), sistemas de recomendação em plataformas de streaming e comércio eletrônico, além de ferramentas de navegação por GPS. 

Nas empresas, chatbots (que respondem a questões simples dos clientes), sistemas de gestão (que armazenam e analisam informações) e smart contracts (que autenticam e automatizam contratos) são exemplos de uso mais práticos da Inteligência Artificial Limitada.

IAs Generativas, como o Google Gemini e o ChatGPT, também se encontram nessa categoria.

2. Inteligência artificial geral (AGI)

A IA geral, chamada de Artificial General Intelligence (AGI), em inglês, é um tipo mais avançado. Isso significa que essa IA consegue, por exemplo, aprender, se adaptar e resolver problemas em diferentes contextos.

Enquanto a IA Limitada já é uma realidade, a Inteligência Artificial Geral continua em desenvolvimento e autoridades da área dizem que ainda estamos distantes de atingir esse estado de inteligência artificial, pois é necessário mais do que apenas uma grande base de dados para atingir esse nível de inteligência. 

Também chamado de “IA forte”, este tipo será capaz de ter habilidades complexas similares às do ser humano, como pensar, compreender, aprender, solucionar problemas que não foram pré-estabelecidos no sistema, utilizar informações visuais ou auditivas próprias e até cruzar informações de duas áreas diferentes para chegar a novas conclusões.

Dada a capacidade dos programas computacionais de processar grandes volumes de informações, a IA Geral superaria o ser humano na realização de tarefas complexas, inclusive.

Um exemplo de aplicação da AGI são robôs autônomos que conseguem executar múltiplas funções em diferentes ambientes. Mas isso ainda é uma realidade distante.

3. Superinteligência (Artificial Superintelligence, ASI)

A Superinteligência é uma IA que existe apenas no campo teórico, por enquanto. Este sistema teria capacidades cognitivas e intelectuais superiores as do ser humano, como criatividade e sabedoria, graças à sua gigantesca memória e à rápida velocidade com que analisa dados.

Sua aplicação abarcaria praticamente todas as áreas do conhecimento, como Ciência e Artes, e simularia inclusive as nossas habilidades sociais.

Qual o potencial esperado da AGI e da ASI?

O que a AGI e a ASI realmente poderão fazer, até então, está só no campo das ideias, mas é possível imaginar seu uso dentro das empresas como chatbots ainda mais avançados, que ofereçam apoio independente na formação de acordos ou orientações precisas sobre o assunto, participando do desenvolvimento de produtos e novas funcionalidades, otimização da cadeia de suprimentos, logística e muito mais.

Por ainda ser uma projeção, as aplicações hipotéticas desses tipos de IA envolveriam, por exemplo:

  • realização de pesquisas científicas extremamente avançadas, que exigem um tempo indisponível e impossíveis de realizar com a tecnologia atual;

  • criação de tecnologias inovadoras de forma autônoma;

  • resolução de problemas globais complexos, como mudanças climáticas, pandemias e pobreza.

Qual a diferença entre os tipos de IA?

Agora que você já sabe quais são os 4 principais tipos de inteligência artificial e suas características mais relevantes, confira um resumo com as diferenças centrais entre eles.

  • ANI: atua somente em tarefas específicas, sem aprendizado para além da programação inicial, sendo mais básica; momento atual da tecnologia.

  • AGI: tem capacidade de aprendizado, adaptação e generalização de conhecimentos, sendo mais abrangente e semelhante a uma pessoa; ainda é uma realidade distante.

  • ASI: ultrapassaria a inteligência humana, tendo a capacidade de criar e inovar em níveis superiores; está no campo da teoria.

Apesar de diferentes, é válido destacar que essas IAs têm sido cada vez mais relevantes para empresas, em especial, pensando na adaptação à indústria 4.0.

Tipos de inteligência artificial por funcionalidade 

A divisão de inteligência artificial por funcionalidade está bastante conectada à divisão por capacidade. As quatro etapas dessa divisão são as seguintes: 

  • Máquinas Reativas: Sistemas que operam exclusivamente com base em estímulos atuais, sem utilizar memórias passadas para informar decisões presentes. ​O computador DeepBlue, da IBM, utilizado para jogar xadrez e responder aos movimentos do oponente, é um exemplo de máquina reativa.

  • IA de Memória Limitada: Capaz de utilizar dados históricos para tomar decisões, mas sem formar uma compreensão completa do mundo. ​Carros autônomos, como os da Tesla, e assistentes virtuais, como a Alexa, são exemplos de IA com Memória Limitada.

  • Teoria da Mente: Sistemas que, teoricamente, poderiam entender emoções e estados mentais humanos, permitindo interações sociais mais naturais. Não há exemplos reais para utilizar ainda, mas podemos imaginar robôs capazes de entender e reagir a emoções humanas. 

  • IA Autoconsciente: Uma forma hipotética de IA que teria consciência de sua própria existência e estados internos. Aqui, teríamos basicamente robôs capazes de avaliar sua própria realidade e fazer reparos ou desenvolver novas habilidades por conta própria.

Quais as vantagens do uso da IA em empresas?

O uso da inteligência artificial em empresas pode proporcionar diversas vantagens, tanto para negócios em si quanto para seus clientes. Veja os principais benefícios de contar com esse tipo de tecnologia.

  • Aumento da eficiência e produtividade: a IA pode automatizar tarefas repetitivas e demoradas. Dessa forma, ela libera funcionários para atividades mais estratégicas e criativas, por exemplo;

  • Redução de custos: a automação de tarefas e processos ajuda empresas a ganhar tempo e a reduzir desperdícios, o que tende a resultar em uma significativa diminuição de custos;

  • Melhora na tomada de decisões: a inteligência artificial tem a capacidade de analisar grandes volumes de dados rapidamente. Assim, é possível obter diversos insights usando IA para tomar decisões mais embasadas e estratégicas;

  • Identificação de oportunidades: a análise de dados com inteligência artificial também pode revelar tendências de mercado e novas possibilidades de negócios, por exemplo;

  • Melhora na experiência do cliente: o uso de soluções de IA permite que empresas ofereçam um atendimento mais rápido, personalizado e eficiente. Dessa maneira, é possível aumentar e melhorar a satisfação dos consumidores.

Além de todas essas vantagens, a utilização de IA contribui para a segurança das empresas, seja por meio de sistemas de reconhecimento facial, por exemplo, ou na prevenção de fraudes e ameaças.

Como você pode ver, a IA na gestão, nos processos e no dia a dia é uma tecnologia de grande valor para o desempenho e o sucesso de empresas.

Diferenças entre IA forte e IA fraca

Ao falar em tipos de inteligência artificial, é comum ouvir também sobre IA forte e IA fraca.

Para entender o que são e como agem, entenda as diferenças entre elas.

  • IA forte: tem a capacidade de raciocinar, entender contextos e agir com autonomia, como um ser humano. Nesse caso, se enquadram a IA geral, a Superinteligência e suas aplicações;

  • IA fraca: destinada a realizar apenas tarefas específicas, sem consciência ou entendimento aprofundado. Aqui, estão a IA Limitada e suas aplicações.

Exemplos práticos de uso da IA em negócios

Atualmente, já existem diversos exemplos práticos de uso da IA em negócios. Nos setores de marketing e vendas, a inteligência artificial pode ser usada no atendimento ao cliente, na qualificação de leads e no suporte pós-venda por meio de chatbots.

Além disso, essa tecnologia é útil para análise de dados — Analytics IA. A partir dessa ação, negócios conseguem realizar melhorias, identificar tendências, ter insights de mercado e tomar melhores decisões.

Outro setor que pode se beneficiar do uso de IA é o de recursos humanos. Nele, a inteligência artificial ajuda, por exemplo, a analisar currículos (triagem) e a identificar os candidatos mais adequados para uma vaga.

Ainda, a IA costuma ter os seguintes usos em negócios:

  • sistemas de recomendação, ajudando empresas a personalizar ofertas e a aumentar as vendas;

  • análise de risco de crédito, com o intuito de avaliar a probabilidade de inadimplência de clientes;

  • automação de tarefas repetitivas e manuais, como entrada de dados e processamento de documentos.

Como escolher a solução de IA certa para sua empresa?

Deixando o futuro para depois e focando o presente, de que forma se pode empregar as novas tecnologias nas empresas? Norbert explica que, em primeiro lugar, é preciso dar-se conta das limitações a que já estamos acostumados.

“Usamos planilhas alimentadas e mantidas manualmente, docs para guardar históricos de relacionamentos ou, pior ainda, confiamos fielmente que nosso cérebro nunca vai nos deixar na mão. E muitas vezes, quando o dado é imputado, esse dado não reflete a realidade por qualquer motivo.”

O especialista avisa que analisar e entender os pontos de atraso, bloqueios e gargalos do negócio são a chave para a concepção de um processo 100% digital e conforme. Traz, ainda, um dado importante para refletir: “Os processos de acordos atuais, analógicos ou digitalizados (analógicos que utilizam meios digitais) somam perdas de 2 trilhões de dólares no mercado mundial B2B.”

Dessa forma, incluir serviços digitais nas empresas e algum tipo de IA evitaria tanto desperdício de recursos e traria ganhos gigantescos para o mercado.

Porém, avisa que é necessário estudar a situação do negócio antes de fazer uma transição, sob risco de haver perdas de informação pelo caminho. “Na maioria das vezes, as empresas pecam por simplesmente transporem o processo analógico para meios digitais e chamarem isso de transformação digital. Não, a transformação digital deve trazer um olhar puramente digital para as situações e oportunidades nas empresas.”

Por isso, conforme o especialista, para escolher o sistema de IA certo para a companhia, os profissionais de TI devem focar as macrotendências do mercado, como Federated Machine Learning ou AI Simulation (Fonte: Gartner), mas, principalmente, a área dos negócios. “Qual é o negócio da sua empresa? Qual é o foco do seu time de vendas?”. Norbert recomenda que se faça isso para os demais setores, como o de compras e o de recursos humanos.

Só assim é possível identificar quais tecnologias e quais parceiros externos podem ser de maior valia para as necessidades e a estrutura do negócio da empresa. “A transformação digital de sucesso deve passar sempre pela área de negócios”, finaliza o especialista.

Como você pôde ver, a Inteligência Artificial já é aplicada no mundo corporativo há bastante tempo. Ainda que os outros tipos de IA estejam apenas no plano teórico, diversos sistemas previamente programados para solucionar problemas simples são a forma mais certeira de melhorar a experiência do cliente e automatizar os processos de negociação no B2B.

Use IA para organizar contratos com o Docusign Navigator

Recentemente anunciamos o nosso motor de IA desenvolvido especificamente para a gestão de acordos, o Docusign Iris,treinado com base em mais de 20 anos de expertise. Iris alimenta todos os recursos disponíveis na plataforma Intelligent Agreement Management (IAM), plataforma de gerenciamento de contratos impulsionada por inteligência artificial - incluindo o novo repositório inteligente de acordos, o Docusign Navigator.

Na prática, o Docusign Navigator é capaz de extrair de informações internas dos acordos o que ajuda negócios a reduzir custos, ter maior segurança e agilidade em processos, e proporcionar uma experiência mais eficiente para os clientes e seus colaboradores.

E, além do Navigator, há o Docusign CLM, uma solução que permite gestão completa do ciclo de vida dos contratos, desde sua criação até a renovação. Assim, ele aumenta a eficiência e reduz riscos jurídicos.

Neste conteúdo, você conferiu os principais tipos de inteligência artificial, além de suas aplicações, diferenças e vantagens. Agora é hora de avaliar como implementar e utilizar essa tecnologia no seu negócio.

Quer melhorar a organização e a gestão de contratos da sua empresa? Conheça as soluções da Docusign!

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