As a Service: entenda o modelo de negócios que chegou para ficar
Você já deve ter ouvido a expressão “as a Service”. Mas sabe exatamente o que esse conceito significa para o futuro da sua empresa?
Você já deve ter ouvido a expressão “as a Service” sendo utilizada no mercado, em diversos contextos. Mas sabe exatamente o que esse conceito significa para o futuro da sua empresa?
O termo — que significa "como Serviço", em português — é um conceito bem simples em seus fundamentos: um modelo de entrega de um produto não como aquisição única, mas como uma oferta contínua, a partir do pagamento de uma assinatura.
Neste artigo especial, vamos discutir sobre como os modelos de entrega de tecnologia se adaptaram nos últimos anos e culminaram no popular AaS. Veja seu significado, exemplos, tipos e tendências, a seguir. Confira!
O que significa "as a Service"?
Para entender o que esse conceito significa na prática, precisamos voltar ao início da informatização dos negócios, a partir dos anos 1980. Desde que as ferramentas digitais passaram a ser utilizadas na produtividade, o modelo predominante de investimento em tecnologia era pela aquisição de licenças.
Se você precisava de um sistema operacional, um software ou uma suíte de ferramentas, tinha que comprar aquele produto. Ao fazer isso, recebia acesso irrestrito e irrevogável a ele.
O problema era que empresas fornecedoras de tecnologia estavam constantemente evoluindo suas soluções. Com isso, era comum que, anualmente — ou, no máximo, a cada 2 anos —, saísse uma versão mais avançada do mesmo software.
Para não ficar para trás no mercado, as companhias precisavam adquirir licenças de novas versões constantemente, tornando o investimento feito anteriormente obsoleto. Era um modelo mais engessado, lento e que diminuía sua flexibilidade no uso da tecnologia.
Foi para atender a esses pontos que surgiu, na última década, o conceito de Software as a Service, a primeira iteração no modelo. Com uso de Cloud Computing e virtualização, é possível acessar programas e plataformas pela internet, dispensando a necessidade de adquirir e instalar as ferramentas.
Ou seja, como o nome diz, a solução deixa de ser um produto e se torna um serviço. Com uma assinatura, você tem acesso à tecnologia e todas as suas atualizações subsequentes, sem grandes investimentos pontuais. É um modelo mais eficiente, que traz vantagens para quem oferece e quem consome.
Essas vantagens estão em otimização de processos, ajustes rápidos a demandas de mercado, elasticidade no uso de recursos e escalabilidade para atender aos picos de demanda, sem gargalos.
Portanto, são benefícios tão impactantes, que quase todas as empresas de tecnologia passaram a oferecer seus produtos nesse modelo.
Exemplos de soluções como serviço
É bem fácil conseguir exemplos de "as a Service" no mercado. Basta comparar a oferta de ferramentas digitais 15 anos atrás com a forma como elas são encontradas atualmente.
Veja, por exemplo, uma das suítes de software mais famosas do mundo: o Microsoft Office. Antigamente, era preciso comprar uma licença bem cara para ter acesso ao Word, Excel e PowerPoint, entre outros. Aquela versão era sua para sempre, mas era comum ver empresas utilizando o Office 2003 quando o 2010 já estava no mercado — ou seja, muito defasado.
Isso mudou com a migração para o Office 365, que deixou de ser uma aquisição de licença para um sistema "as a Service". Com planos flexíveis, é possível investir em assinaturas diluídas para apenas o que você precisa dessas ferramentas, garantindo que elas estarão sempre atualizadas.
Outros exemplos são os serviços do Google e as grandes infraestruturas de Cloud Computing — como o AWS e o Azure.
Quais são os tipos de soluções nesse modelo?
Desde as primeiras soluções como serviço no mercado, essa categoria tecnológica tem mostrado evoluções — tanto em sofisticação quanto em modelos de entrega.
As ferramentas "as a Service" são, inclusive, categorizadas para ajudar empresas a entenderem o que esperar delas e como investir nos âmbitos de cada possibilidade — das ferramentas mais específicas, aos sistemas mais abrangentes.
Veja os três tipos principais desse modelo, a seguir.
SaaS
O Software as a Service — ou software como serviço — é o modelo mais básico, sendo também a origem desse formato de oferta no mercado. Dentro dessa categoria, empresas contratam ferramentas específicas de trabalho: editores de texto ou de imagem, gerenciadores digitais, automatizadores de processos etc.
Sua característica, portanto, é realizar tarefas com confiabilidade, repetição e longevidade. Por isso, são recomendados para a produção direta de colaboradores em negócios digitalizados.
PaaS
Já a Platform as a Service é uma evolução natural do SaaS. Assim como as suítes de programas já existiam no modelo de licença (como era o caso do Office), as empresas de tecnologia estão oferecendo plataformas completas para gestão e produtividade, unindo diversos software e ferramentas em um único plano de assinatura.
A plataforma como serviço, geralmente, oferece mais do que um conjunto de programas, mas a integração e interação entre eles para facilitar ainda mais o trabalho de gestores e colaboradores.
O sistema conta, também, com soluções de monitoramento e análise de dados, para que toda a visibilidade de operação em um negócio esteja centralizada e disponível, em tempo real, para quem a gerencia.
Exemplos de PaaS são os ERPs — ou sistemas de gestão empresarial automatizada. Essas soluções eram bastante caras no modelo de aquisição, mas tornaram-se acessíveis por assinatura até para PMEs.
IaaS
O Infrastructure as a Service é um passo além da plataforma, possibilitando a digitalização completa de um negócio com o poder da Cloud Computing.
Nesse modelo, além de ferramentas e softwares, a provedora fornece aos clientes recursos de processamento e estrutura de virtualização, com acesso a servidores e sistemas integrados. É uma solução mais sofisticada, mas que permite que as empresas trabalhem, de fato, sem qualquer necessidade de espaço físico.
As provedoras de nuvem — ou CSP — são as que oferecem esse serviço. Assim, a AWS, a Microsoft Azure e o Google Cloud se destacam nesse sentido.
Seria esse o futuro?
Como você pode perceber, o "as a Service" está evoluindo constantemente para entregar mais recursos, ferramentas e possibilidades. Portanto, é natural imaginar que essa evolução não vai parar por aqui.
Entre essas tendências, as que mais se destacam atualmente são as primeiras ofertas de recursos de análise e aprendizado da máquina como serviço. Soluções integradas em outras ferramentas apontam para o uso simplificado de inteligência artificial na análise de dados e projeção de estratégias de negócio.
Outra questão interessante é a oferta do dado em si como serviço. O DaaS permite que as empresas tenham acesso a grandes volumes de métricas sobre mercados e setores, sem ter o esforço de coletar e segmentar a informação bruta.
Essas tecnologias, somadas a sistemas integrados, levam à transformação digital completa dos negócios. Até as startups e PMEs terão acesso ao mesmo poder de decisão que gigantes do mercado, tornando o cenário ainda mais equilibrado e competitivo.
Portanto, podemos concluir que investir em "as a Service" é apostar em um novo modelo de produtividade. Afinal, substituir licenças obsoletas por serviços remotos é o caminho para uma nova era do mercado.
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