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Digitalização e automação nos processos de due diligence: casos de sucesso

Heitor MirandaConsultor Jurídico Sênior
ResumoLeitura de 8 min

Entenda o que é due diligence digital e como ela difere do processo tradicional e por que é essencial para decisões estratégicas seguras em empresas.


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Empresas que lidam com processos de due diligence sabem que revisar grandes volumes de informações, validar documentos e cruzar dados de diferentes áreas nem sempre acontece com fluidez. A digitalização e a automação jurídica têm mudado esse cenário, permitindo que times jurídicos se tornem parte ativa da análise de riscos.

Em vez de depender exclusivamente da coleta manual de arquivos ou da troca de e-mails entre áreas, departamentos jurídicos agora contam com sistemas integrados que consolidam as informações, organizam etapas e ajudam a reduzir riscos antes mesmo que eles se tornem problemas.

A realidade é que, quando as ferramentas certas entram em cena, o jurídico deixa de ser um gargalo na operação e passa a atuar como facilitador da análise de riscos em transações, contratos e projetos estratégicos. E é justamente sobre isso que falaremos aqui.

O que é due diligence digital e por que ela importa?

Due diligence digital é o processo de análise e verificação de informações jurídicas, contábeis e contratuais realizado com apoio de soluções tecnológicas. Diferentemente do modelo tradicional, em que o levantamento de dados exige esforço manual, a versão digital centraliza as informações e traz visibilidade para cada etapa.

Essa estrutura digitalizada ajuda a minimizar o tempo, reduzir falhas e garantir que a tomada de decisão seja feita com base em dados atualizados e organizados. E quando o contexto envolve fusões, aquisições ou reestruturações contratuais, essa agilidade pode definir o sucesso da negociação.

Principais desafios da due diligence tradicional

Na prática, quando a due diligence é feita sem apoio tecnológico, é comum que informações estejam espalhadas por planilhas sem padronização, e-mails com anexos duplicados e arquivos fora de ordem. O resultado disso são atrasos, retrabalho e erros que poderiam ser evitados.

Revisar cláusulas manualmente, sem histórico de alterações ou alertas automatizados, exige um esforço que consome tempo e nem sempre entrega segurança. 

Além disso, a ausência de uma base centralizada torna difícil garantir que todos estejam consultando a mesma versão do contrato (o que compromete não só a agilidade, mas também a confiança no processo).

Como a automação jurídica melhora o processo de due diligence?

A automação jurídica reduz tarefas manuais repetitivas e cria um fluxo mais transparente de verificação. Com ferramentas que identificam e classificam cláusulas automaticamente, é possível identificar riscos com mais agilidade e fazer comparações entre documentos de forma inteligente.

Além disso, ao padronizar a linguagem contratual e automatizar etapas como coleta de documentos, organização de arquivos e envio de pareceres, o time jurídico ganha tempo para se concentrar no que realmente importa: a interpretação estratégica das informações.

Outro ponto relevante é a possibilidade de configurar fluxos automatizados de validação, o que garante que os documentos passem pelos profissionais certos em cada etapa, com rastreamento claro de revisões e aprovações.

Digitalização e centralização de documentos em contratos

Quando os contratos são organizados em um único repositório digital, as vantagens aparecem rapidamente. O acesso às informações se torna mais prático, e todos os envolvidos têm visibilidade sobre a versão atual de cada documento.

Além de facilitar auditorias e consultas futuras, essa centralização ajuda a manter a conformidade com políticas internas e exigências regulatórias. O jurídico consegue acessar rapidamente cláusulas críticas, prazos de vencimento e obrigações pendentes, o que evita retrabalhos e garante mais consistência nas análises.

Esse tipo de organização também colabora com outras áreas da empresa, que passam a encontrar facilmente o que precisam sem depender de solicitações manuais ou trocas demoradas de e-mails.

Ferramentas e soluções tecnológicas aplicadas à due diligence

Entre as soluções mais utilizadas em processos de due diligence digital, destacam-se ferramentas como CLM, IAM, Maestro e Data Verification. Essas tecnologias funcionam de forma integrada, ajudando desde a coleta de dados até a análise e aprovação dos documentos.

O CLM (Contract Lifecycle Management) organiza o ciclo de vida dos contratos. Já o IAM (Intelligent Agreement Management) atua com foco na governança e segurança dos acordos, definindo quem acessa o quê, em qual momento e com qual nível de autonomia. O Maestro conecta sistemas e departamentos, ajudando o fluxo a seguir sem interrupções. Já o Data Verification atua diretamente na validação das informações, verificando a consistência dos dados antes que eles avancem para etapas mais críticas.

Integrações com sistemas corporativos

A integração entre softwares jurídicos e plataformas como ERP, CRM e bancos de dados é essencial para que a due diligence seja fluida. Essa conexão permite que o jurídico trabalhe com as mesmas informações utilizadas pelas demais áreas da empresa, o que reduz ruídos, acelera decisões e evita duplicidade de esforços.

Além do mais, quando os sistemas se conversam, os relatórios gerados refletem o contexto completo de cada operação, conectando documentos, contratos e indicadores de performance em um único fluxo de análise.

Automação de compliance e validação de dados contratuais

O uso de ferramentas automatizadas para compliance vem crescendo, especialmente em contextos em que o volume de contratos é alto. Plataformas com mecanismos de verificação de dados, como o Data Verification da Docusign, conseguem cruzar cláusulas com políticas internas e alertar sobre inconformidades ou riscos regulatórios.

Reduzindo significativamente o tempo gasto com revisões manuais e melhora na segurança jurídica da operação, o time passa a atuar de forma preventiva, evitando que erros se propaguem ao longo do processo de due diligence.

LegalTech e a evolução da due diligence nas empresas

A entrada da LegalTech nesse contexto tem mudado a forma como o jurídico se posiciona dentro das empresas. O papel consultivo, que antes dependia de uma análise posterior aos fatos, agora participa das decisões de forma integrada. Com tecnologia, os profissionais jurídicos conseguem acessar dados em tempo real, antecipar riscos e propor ajustes com mais segurança.

O uso de dashboards e indicadores de desempenho também permite que a liderança enxergue o valor do jurídico de maneira mais tangível. A área passa a atuar com dados, insights e alertas que apoiam o negócio de forma direta.

Exemplos práticos: casos de sucesso na digitalização da due diligence

Empresas que lidam com auditorias frequentes ou processos de M&A têm adotado soluções digitais para acelerar o ciclo de revisão contratual e reduzir riscos. Em um dos estudos conduzidos pela Forrester, empresas que adotaram o CLM da Docusign conseguiram reduzir em até 30% o tempo necessário para revisar contratos, além de aumentar a previsibilidade nas análises de risco.

Já no caso da Flowserve, a empresa utilizou CLM e Maestro integrados ao Salesforce para automatizar fluxos contratuais complexos. O resultado foi uma aceleração significativa na resposta às demandas do time jurídico, maior controle de margem nos contratos e uma colaboração mais fluida com outras áreas.

Boas práticas para implementar automação e digitalização

Para começar a automatizar o processo de due diligence, o primeiro passo é mapear os processos atuais, identificar gargalos e definir onde a tecnologia pode gerar mais valor. Envolver a equipe desde o início, com treinamentos e alinhamento de expectativas, ajuda a aumentar a adesão e reduzir resistências.

Outro ponto importante é escolher ferramentas que se integrem ao ambiente tecnológico da empresa. A compatibilidade com ERPs, plataformas de compliance e sistemas financeiros é fundamental para manter a fluidez das informações. 

E por fim, manter o monitoramento contínuo ajuda a entender se os indicadores de qualidade, tempo e conformidade estão realmente melhorando com o uso das soluções digitais.

A tecnologia como aliada do jurídico na due diligence

Digitalizar e automatizar processos jurídicos deixou de ser um diferencial e passou a ser uma escolha estratégica para quem quer reduzir riscos, economizar tempo e atuar com mais clareza em decisões críticas. Soluções como CLM, IAM, Maestro e Data Verification já são realidade em muitas empresas e têm mostrado que é possível melhorar a due diligence sem perder controle ou segurança.

Se sua empresa ainda depende de fluxos manuais ou ferramentas que não conversam entre si, talvez esse seja o momento de avaliar o próximo passo. 

Fale com nossos especialistas e entenda como a tecnologia pode apoiar seu time jurídico em análises mais rápidas, seguras e conectadas com os objetivos do negócio.

Heitor MirandaConsultor Jurídico Sênior

Consultor jurídico sênior, apoio negócios de TI e digitais no Brasil, na América Latina e globalmente, com mais de 10 anos de experiência na área. Sou especialista em computação em nuvem, privacidade de dados, segurança da informação e questões relacionadas à propriedade intelectual, fornecendo aconselhamento jurídico em negociações, projetos e consultas de alta complexidade e alto valor.

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