
Governança de dados e IA Jurídica: os 3 pilares para evitar 'alucinações' e proteger a reputação
Na curadoria de conteúdo que fizemos durante a Fenalaw, descobrimos o ponto cego da IA: o risco real que a falta de governança de dados impõe ao seu negócio. Entenda quais são os 3 pilares de segurança para garantir rastreabilidade, evitar 'alucinações' e proteger a reputação do seu jurídico.

O setor jurídico não voltará a ser como era antes da Inteligência Artificial. A IA Generativa (Gen AI) revolucionou o contencioso, a revisão contratual e a eficiência operacional em uma velocidade assustadora, com líderes corporativos exigindo que os departamentos jurídicos saiam da fase de experimentação e entrem na entrega efetiva de valor.
No entanto, essa aceleração tecnológica traz um risco fundamental: o da "alucinação" da IA.
Diante de um volume expressivo de judicializações, a IA é vista como a solução para a sustentabilidade da parceria entre jurídico e corporação. Mas como confiar em uma tecnologia que, por sua natureza estatística, pode inventar argumentos ou jurisprudências, colocando em xeque a credibilidade do negócio?
O consenso entre líderes jurídicos na Fenalaw 2025 foi claro: a responsabilidade profissional pelo resultado entregue pela IA é sempre do advogado que assina a peça. A questão central, portanto, não é se devemos usar a IA, mas como integrá-la com governança e segurança, transformando-a em um superpoder, e não em um risco.
O risco da caixa-preta: o custo da inação e da falta de prudência
Para que a Gen AI funcione, ela utiliza modelos estatísticos complexos. Quando a base de dados é limitada ou genérica, o sistema, por funcionar com base em probabilidades, pode "alucinar" — ou seja, produzir um resultado gramaticalmente correto, mas factualmente falso.
O risco de inação na adoção da IA é grande, pois a prática jurídica pode se tornar obsoleta. No entanto, a adoção de ferramentas abertas sem o devido controle de dados sensíveis representa um grande risco para o ambiente corporativo.
O diretor executivo e sócio-fundador do Opice Blum Advogados, Renato Opice Blum, alertou que o uso profissional exige um ambiente corporativo seguro no qual os dados não sejam usados para treinamento da própria IA, evitando a violação de sigilo profissional.
Ronaldo Lemos, fundador do ITS Rio, reforçou que a principal característica para o advogado que utiliza a IA é a prudência, pois a ferramenta mal utilizada pode destruir a reputação de um profissional imediatamente.
O desafio, portanto, é como escalar a eficiência da IA, mantendo o rigor e a governança de dados que o setor jurídico exige.
A solução: arquitetura segura, rastreabilidade e curadoria humana
A solução para reduzir o risco de alucinação e garantir a segurança não está em evitar a tecnologia, mas sim em utilizar uma arquitetura de IA que integre os três pilares cruciais para a governança e a mitigação de riscos: controle, transparência e curadoria humana.
1. Base de dados proprietária e personalizada
O primeiro pilar é a diferenciação: a IA deve ser alimentada pelo conhecimento proprietário da sua organização, em vez de depender apenas de informações genéricas da internet. Isso garante que os resultados sejam contextuais e reflitam o modus operandi da empresa.
2. Governança e rastreabilidade validada
A ferramenta precisa oferecer rastreabilidade validada da origem de cada argumento e tese, garantindo a governança. O Jurídico precisa saber: "Esta tese saiu deste documento". A tecnologia deve ser apenas um assistente, com o controle e a decisão final nas mãos dos advogados.
Para Renato Opice Blum, a combinação de diferentes IAs, como a Generativa conversando com uma IA Preditiva/Classificação no back-end, é um caminho mais eficiente e seguro.
3. Foco na curadoria e estratégia humana
A automação com IA deve liberar o tempo do advogado para que ele se concentre no que é insubstituível: o julgamento ético e a visão de negócios. A curadoria humana é o elo final que garante que a qualidade jurídica seja mantida e que a IA seja utilizada como ferramenta de suporte à decisão.
Confiança e segurança como vantagem competitiva
O jurídico moderno precisa transitar de um centro de custo para um centro de valor. Para isso, é imprescindível falar a linguagem do negócio e fundamentar as demandas de tecnologia com dados e ROI (Retorno sobre o Investimento) .
A governança e a segurança de dados, mais do que requisitos de compliance, são pilares que sustentam essa relevância estratégica. A proteção de dados (via LGPD, criptografia e mascaramento) e a rastreabilidade da informação tornam-se inegociáveis.
A Docusign, com sua plataforma Intelligent Agreement Management (IAM) ou Gestão inteligente de acordos - e utilizando uma camada de IA (Iris), fornece o ambiente seguro e controlado necessário para que o jurídico possa inovar com responsabilidade.
Ao redor do mundo, cerca de 1.7 milhão de clientes confiam na Docusign, e a segurança é um dos nossos pilares essenciais. Nossas soluções são construídas com base nos princípios de transparência, segurança e acurácia - e esses mesmos princípios guiam o desenvolvimento dos nossos serviços de IA na plataforma IAM.
Com a Docusign, seus dados permanecem sob seu controle. Dados de acordos são usados para o treinamento de IA ou machine learning somente com o consentimento explícito do cliente - e sempre de forma agregada e anonimizada antes do uso. Além disso, qualquer dado que você decidir compartilhar conosco será protegido a cada passo do caminho - ao utilizar a IA da Docusign, seus dados são criptografados em trânsito e em repouso.
Além de proteger seus dados, nós nos empenhamos para tornar seus insights seguros para o uso, precisos e imparciais. A IA da Docusign é construída para minimizar erros e resultados prejudiciais. Utilizamos conjuntos de dados diversos e verificações minuciosas para corrigir resultados enviesados e garantir a qualidade antes da implantação do modelo. Você também tem o controle sobre as aprovações dos resultados finais para que eles cumpram com os seus critérios.
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