Pular para o conteúdo principal
Blog
Início/

Criatividade e inovação em PMEs: como promover soluções inovadoras?

Author Docusign Contributor
Docusign Contributor
ResumoLeitura de 14 min

Criatividade e inovação em PMEs: como promover soluções inovadoras?

pt-BR

Publicado em 14 de julho de 2021. Atualizado em 30 de maio de 2023.

Quando se fala em gestão de inovação e criatividade em uma empresa, você logo imagina algo revolucionário, que nunca foi pensado por ninguém? Sim, faz sentido — mas não se trata de reinventar a roda.

Usar a criatividade em um negócio para gerar inovação também tem relação com processos simples, que muitas vezes não são usados em determinada companhia, mas que podem transformar a realidade de um grupo de pessoas, se colocados em prática.

Isso é especialmente relevante ao pensarmos em pequenas e médias empresas (PMEs), pois até as mais modestas inovações podem fazer diferença no dia a dia e no desenvolvimento dos negócios menores.

É disso que tratamos neste artigo ao conversar com Sandra Turchi, CEO da Digitalents (empresa focada em transformação digital), palestrante do TEDx SP e professora da Fundação Getúlio Vargas, do Insper e da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM). Confira os insights da especialista e entenda como melhorar seus processos!

O que é inovação e criatividade?

Talvez você ouça muito falar de inovação nas empresas. Essa é uma das palavras-chave mais quentes no mundo dos negócios atualmente. Afinal, com a alta competitividade, ter ideias que destaquem uma empresa das demais é praticamente questão de sobrevivência.

Porém, como dissemos, você não precisa de uma revolução para melhorar o jeito de fazer negócio. “A inovação é a possibilidade de fazer algo de um jeito novo, para atender e encantar seu cliente. Não necessariamente tem que ser algo inédito no mercado em que você atua, mas sim, precisa ser inédito para o seu negócio”, aponta Sandra Turchi.

Assim, o foco é fazer a diferença em prol do seu cliente. Para tanto, o jeito é olhar um pouco além dos processos já estabelecidos, pensar nas dores de seu público e entender o que você pode fazer para melhorar o dia a dia dele.

Nesse sentido, a inovação acontece quando os colaboradores podem trabalhar usando a criatividade, que é um dos combustíveis para que se possa inovar. Se na sua empresa apenas o dono e os gerentes têm o direito de opinar, vale começar revendo esse ponto urgentemente.

Quando todos os funcionários podem ser criativos e têm as ideias acolhidas, a inovação vem de forma mais natural. É por isso que os dois conceitos andam muito bem juntos.

Pode-se pensar como exemplo de inovação o aprimoramento da experiência dos funcionários de um escritório contábil com o trabalho híbrido. Você melhora a satisfação dos colaboradores e permite que os clientes façam negócios de maneira online.

Aos poucos, essa inovação específica para a empresa vai permitir menos turnover de funcionários e mais satisfação dos clientes.

O que é gestão de inovação e criatividade?

A definição de gestão da inovação e da criatividade é alvo de muitos debates. Afinal, como gerenciar dois aspectos tão dinâmicos e imprevisíveis? Podemos dizer que se trata, sobretudo, das atividades e processos necessários para possibilitar que esses aspectos se desenvolvam. Estamos falando de sistematizar práticas efetivas para estimular ideias inovadoras e criativas.

É claro que esses aspectos podem surgir naturalmente, já que são habilidades naturais do ser humano. No entanto, sem sistematizá-los, a empresa fica refém de inspirações esporádicas e acidentais, que podem ou não ser alimentadas e, muito provavelmente, acabarão esmorecendo por falta de estrutura para recebê-las.

Qual é a importância da gestão de criatividade e inovação nas PMEs?

Para que exista criatividade e inovação, é fundamental que todos na organização estejam vibrando na mesma sintonia e que essas características estejam no DNA da empresa — e é por isso que esses aspectos devem ser geridos.

O grande trunfo da gestão é elaborar estratégias para incentivar que boas ideias surjam e, mais que isso, para que elas possam ser bem aproveitadas em razão dos objetivos da empresa.

Qual é a relação entre inovação, criatividade e tecnologia?

Muita gente associa inovação e criatividade à cultura digital nas empresas. É claro que a tecnologia tem participação fundamental nesse sentido, mas inovar também acontece sem envolver a transformação digital.

É sobre esse ponto que Sandra comenta: “se voltarmos ao passado, poderemos verificar que muitas inovações importantes para a humanidade foram criadas sem que estivessem conectadas a alguma nova tecnologia. Por exemplo, você pode ter inovação no atendimento ao seu cliente sem que isso esteja diretamente ligado a um novo aparato tecnológico”.

Ao mesmo tempo, ferramentas digitais são capazes de fomentar a criatividade e a inovação. Quando você aposta em um sistema automatizado e retira tarefas repetitivas da equipe, consegue que os colaboradores sejam mais estratégicos e que novas ideias surjam.

“De certa maneira, uma coisa puxa a outra, tanto que entre as PMEs que mais cresceram, 78% delas investiram constantemente em tecnologia, segundo estudo da Deloitte”, explica a especialista.

Quais são os desafios da criatividade nas rotinas de trabalho?

Agora, você consegue imaginar quais são os desafios e como incentivar que o ambiente de trabalho seja mais criativo? Para manter a competitividade de uma empresa, incluindo as pequenas e médias (PMEs), é essencial pensar fora da caixa e investir em criatividade e inovação.

A questão é que nem sempre esse processo é orgânico. Conforme aponta Sandra, “no universo de PMEs, existe uma diversidade muito grande. Você encontrará aquelas que têm interesse em sempre buscar formas de inovar e também poderá se deparar com outras que acreditam que em time que está ganhando não se mexe”.

Veja só alguns dos principais impedimentos para que a criatividade e a inovação se desenvolvam em uma empresa!

Organização muito hierárquica

Se a empresa tem um fluxo de trabalho muito hierarquizado, isto é, uma abordagem totalmente “de cima para baixo”, é provável que os colaboradores tenham um pouco de seu potencial criativo podado. Isso porque eles se tornam mais passivos e realizam suas funções apenas porque receberam ordens ou são pagos para isso.

Desse modo, por mais capacitado que seja um time, ele sempre vai prezar por corresponder às expectativas estabelecidas por superiores, sem nunca excedê-las. E a criatividade tem muito a ver com superar limitações e enxergar novas possibilidades.

Falta de mindset de crescimento

Uma cultura voltada para o crescimento sempre vai incentivar a aquisição de novas habilidades e o aprendizado de novos assuntos. Agora, se a empresa não suporta um mindset como esse, preferindo uma abordagem mais tradicional e engessada em seus fluxos e processos, é muito improvável que haja espaço e recepção para a criatividade e a inovação.

Infraestrutura precária

Mesmo que haja um mindset de crescimento e profissionais com espaço para propor soluções novas, dificilmente será possível alcançar grandes resultados em criatividade e inovação se não existirem recursos para isso. Políticas, ferramentas e outras estruturas são muito importantes para capacitar esses aspectos.

Falta de foco

Por fim, outro grande desafio é a falta de foco sobre os objetivos da empresa. Quando um time tem uma visão clara sobre aonde se quer chegar, fica mais motivado e disposto a pensar em formas de conquistar esse alvo. Sem foco, os profissionais podem se ver em meio a inúmeras ideias aleatórias e com pouco potencial de execução.

Então, como melhorar a criatividade, incentivando a inovação?

É fato que os desafios estão por toda parte. “Pode ser com relação à resistência de outras pessoas da equipe, o que é bastante comum, ou mesmo falta de apoio da liderança”, fala a especialista.

Contra essa mentalidade, Sandra comenta sobre a importância de se permitir que as pessoas errem, mas alerta para a necessidade de um ambiente de muita confiança na qualidade do trabalho dos profissionais.

Outro ponto seria o incentivo a formas de trabalho menos padronizadas, para que as pessoas possam deixar fluir novas ideias. Isso vale tanto para ambientes menos formais quanto para reuniões de brainstorming, por exemplo, nas quais todos têm voz.

A especialista traz outras dicas relevantes, como encontrar o equilíbrio na rotina de trabalho entre os momentos de foco intenso e os de ociosidade criativa. "Outra dica é mesclar o lado emocional — para deixar fluir novas ideias — com o racional, que será útil para organizar melhor essas ideias”.

Acima de tudo, um ambiente criativo e aberto à inovação pede estruturas mais horizontais, nas quais a liderança esteja 100% de acordo com o fato de criar para sair do lugar-comum.

O que é preciso para implementar uma estratégia de inovação nas empresas?

Para Sandra, “o primeiro passo é entender a necessidade de mudança de mentalidade, estabelecendo um mindset voltado para a inovação, em suas diversas possibilidades. Na sequência, é importante colocar a inovação como pauta prioritária para a empresa e fazer desse tema um debate permanentemente, investindo recursos como tempo, pessoas e capital”.

Também se faz necessário contar com ferramentas inovadoras, como softwares que automatizam tarefas ou permitem novas possibilidades — sempre que fizerem sentido ao negócio.

Por exemplo, na contratação de novos funcionários, você pode investir em ferramentas que digitalizam o trabalho burocrático do RH, como a assinatura eletrônica. A solução permite a qualquer tipo e tamanho de empresa modernizar sua forma de contratar pessoas, além de trazer mais segurança e rapidez.

O fato é que criatividade e inovação estão intimamente ligadas. “A criatividade é fundamental para a melhoria das empresas, seja a criatividade utilizada na busca de soluções para problemas complexos, seja na gestão do dia a dia e a favor da inovação”, aponta Sandra.

Quais são os 4 pilares para gestão de inovação e criatividade?

Você se lembra dos desafios que citamos agora há pouco? Pois bem, do outro lado, estão os pilares que sustentam uma boa gestão de inovação e criatividade. Eles vão justamente na direção oposta àqueles impedimentos. Veja!

1. Habilidades

O primeiro grande pilar é o das habilidades dos profissionais. Uma empresa interessada em ter um bom potencial de inovação precisa ter uma estrutura que capacite e empodere os talentos na busca por ideias criativas.

Nesse sentido, esse pilar conversa bastante com fluxos mais horizontais, onde as percepções, a experiência e a capacidade única de cada colaborador são valorizadas como parte fundamental da estratégia de inovação.

2. Cultura

A cultura se relaciona ao mindset de crescimento de que falamos. Uma organização pró-inovação tem essa característica impressa em sua missão, em seus valores, em seus processos, em seu posicionamento e por aí vai.

Uma cultura organizacional aberta a inovações e que valoriza a criatividade considera que o novo sempre tem algo a ensinar, que experiências diferentes são bem-vindas e que erros operacionais ou estratégicos são apenas uma parte normal do processo de acerto.

3. Estruturas

Os colaboradores podem ter uma excelente capacitação e muito potencial criativo. Mas, se não tiverem meios para colocar esse conhecimento para funcionar, não poderão usar efetivamente suas habilidades e competências.

Isso significa que a estrutura organizacional, os fluxos de trabalho, os espaços e as ferramentas da empresa devem ser o mais amigáveis possíveis à criatividade e à inovação. Por exemplo, canais de comunicação integrados são um recurso importante para que todos estejam alinhados e trocando insights constantemente.

Além disso, se houver uma cadeia de comando muito rígida por onde as ideias devem passar, é provável que muitas delas acabem sufocadas no meio do caminho e, com isso, oportunidades de inovação sejam perdidas.

4. Estratégia

Por último, vem a estratégia — ou o foco, como chamamos anteriormente. Ela é basicamente o plano de objetivos que a organização quer alcançar no longo prazo. Tê-la sempre em mente ajuda os colaboradores a terem ideias mais produtivas para o sucesso do negócio.

Na prática, se há uma liberdade irrestrita para a criatividade, ela se torna tão ampla que fica difícil sistematizar possibilidades de inovação. Assim, o foco em um alvo funciona como uma restrição prática e que viabiliza o bom direcionamento de habilidades.

Como fazer a gestão de inovação e criatividade na sua empresa?

Agora que abordamos os principais conceitos e pilares de uma gestão de inovação e criatividade, você quer saber como colocar essas informações em prática na sua empresa, certo? Infelizmente, não há um passo a passo.

Afinal, um gerenciamento de inovação bem-sucedido pode ser muito diferente de uma organização para a outra. No entanto, podemos dizer que a base dessa gestão deve ser a junção daqueles 4 pilares, alinhados uns aos outros.

Algumas dicas para fazer isso são:

  • capacite seus colaboradores para ter pessoas talentosas em todos os níveis e funções da sua empresa;

  • dê espaço para a participação ativa de cada um, estabelecendo fluxos de trabalho que valorizem o potencial dos times e denote confiança nos talentos, sem supervisões tão rígidas e com abertura para decisões compartilhadas;

  • invista em ferramentas, estruturas e outros recursos que contribuam com a promoção de novas ideias, como sistemas de gerenciamento de projetos, salas para reuniões em grupo, mentorias, janelas para ócio criativo, entre outras possibilidades;

  • tenha uma visão clara dos objetivos do negócio e cuide para que todos os talentos estejam alinhados a esses propósitos;

  • mostre que a sua empresa está interessada em de fato implementar novas ideias, e não apenas falar sobre elas.

As metodologias ágeis

Embora não seja um pré-requisito para o gerenciamento de inovação e criatividade, a implementação de metodologias ágeis na empresa pode contribuir bastante com esses aspectos.

Sim, há muito tempo que elas não estão mais confinadas ao mundo do software. Cada vez mais, os princípios da agilidade estão sendo transportados para diversas organizações, com ótimos resultados para a inovação.

Alguns dos motivos para isso são:

  • espaço para falhas — as metodologias ágeis não evitam erros, mas sim os exploram para retirar deles novas descobertas e soluções;

  • foco em melhorias contínuas — lembra-se do mindset de crescimento? As metodologias ágeis têm como uma de sua principal razão de ser a busca por melhorias contínuas em processos e práticas;

  • quebra de paredes — bem diferente dos modelos de negócio tradicionais, a agilidade valoriza a conversa entre níveis e departamentos, consolidando um ambiente rico em troca de informações;

  • feedbacks constantes — um dos aspectos cruciais das metodologias ágeis é o uso de feedbacks como um motor essencial para a reestruturação de práticas ao longo de processos, o que quer dizer que as ideias nunca se tornam estáticas;

  • profissionais com autonomia — na agilidade, há muita valorização de contribuições e pontos de vista diferentes. Desse modo, as equipes são compostas por profissionais com habilidade de autogerenciamento e com mais propriedade sobre seu trabalho.

Qual é o papel da inovação na gestão de processos eficiente em PMEs?

Como visto, a criatividade e a inovação podem estar presentes de diversas formas nas empresas — na melhoria de estrutura, produtos, operações — e não necessariamente as ideias precisam ser disruptivas para serem geniais.

A inovação pode contribuir bastante, por exemplo, para a melhoria na gestão de processos de pequenas e médias empresas. Aliás, quando pensamos em PMEs, uma boa gestão de processos pode ser divisora de águas para o sucesso dos negócios.

Mais do que ter os recursos humanos, financeiros ou técnicos, é preciso aplicá-los estrategicamente — reduzindo custos, economizando tempo e acelerando fluxos de trabalho — para se destacar em um mercado cada vez mais competitivo.

Desenvolvemos um guia completo (e gratuito!) para uma gestão de processos eficiente em PMEs, justamente para detalhar aspectos, como:

  • o que é a gestão de processos;

  • seus benefícios e importância para PMEs;

  • como uma boa gestão de processos funciona;

  • quais métricas devem ser monitoradas e como calculá-las.

E mais: casos de sucesso de PMEs que otimizaram sua gestão de processos através da inovação e viram grandes resultados.

Diante desta leitura, você viu que a gestão de inovação e criatividade está relacionada à melhoria dos resultados, não é? Estamos falando de um aspecto bastante estratégico, mas que muitas vezes é deixado de lado nas PMEs. Para manter sua empresa nos trilhos do crescimento, vale a pena colocar todos os insights lidos até aqui em prática.

Uma empresa que presa pela inovação e criatividade não pode perder tempo com burocracias e morosidade na assinatura de contratos. Experimente Docusign gratuitamente agora mesmo!

Fale com um dos nossos especialistasFale conosco
Author Docusign Contributor
Docusign Contributor
Mais publicações deste autor

Publicações relacionadas

  • Gestão de Processos: etapas, benefícios e como implementar na empresa
    Insights para líderes

    Gestão de Processos: etapas, benefícios e como implementar na empresa

    Renata Vaz
  • en-AU

    Como escolher o CLM certo para seu negócio

    Author Diego Lopes
    Diego Lopes
en-AU

Como escolher o CLM certo para seu negócio

Author Diego Lopes
Diego Lopes

Confira as novidades do Docusign IAM ou comece a usar o eSignature grátis

Conheça o Docusign IAMAvalie grátis o eSignature
Person smiling while presenting