Entenda o que é Open Insurance e sua aplicação
O que é o Open Insurance? Entenda essa novidade que faz parte de uma agenda de inovação promovida pelo Banco Central do Brasil.
A digitalização dos mercados é uma tendência cada vez mais comum que visa proporcionar praticidade tanto às empresas quanto aos clientes. Nesse cenário, uma das novidades é o Open Insurance, que permite o compartilhamento de dados e informações entre seguradoras e previdências a fim de gerar as melhores ofertas para o seu público.
Esse serviço deve ser implementado por completo no Brasil até 2024 e já está impactando organizações da área de seguros, uma vez que essa mudança requer que elas se adaptem ao contexto da digitalização e modernizem processos. Quer saber mais sobre o assunto? Neste post, entenda o que significa Open Insurance e como é aplicado.
O que é o Open Insurance?
O Open Insurance, cujo conceito significa Sistema de Seguros Aberto, caracteriza-se como a opção dada ao público consumidor de produtos e serviços de seguros, capitalização e previdência complementar aberta de autorizar o compartilhamento de suas informações entre as organizações credenciadas pela Superintendência dos Seguros Privados (Susep).
A novidade faz parte de uma agenda de inovação promovida pelo Banco Central (BC) que teve início com o Pix, lançado no final de 2020, seguido do Open Banking, que se baseia no compartilhamento dos dados bancários dos usuários entre as instituições financeiras.
Para que seja possível compartilhar os dados dos consumidores, o Open Insurance operacionaliza e padroniza esse processo a partir da abertura e da integração de sistemas, sempre respeitando a segurança e privacidade das pessoas.
A ideia por trás desse conceito é trazer agilidade e variedade de ofertas aos consumidores, os quais passam a ter acesso a serviços cada vez mais personalizados às suas demandas, além ampliar a competitividade entre as empresas de seguro.
Como funciona?
O funcionamento do Open Insurance se dá por meio das Interfaces de Programação de Aplicação (APIs), plataformas nas quais as organizações podem disponibilizar e compartilhar dados e produtos de maneira totalmente integrada e seguindo padrões previamente determinados.
Resumidamente, as APIs consistem em um conjunto de protocolos e definições prontos que facilitam a criação e a integração de diferentes softwares, viabilizando o funcionamento do Open Insurance.
Vale ressaltar ainda que o serviço poderá interagir com o Open Banking, compondo um ecossistema de compartilhamento de dados mais amplo chamado de Open Finance, que disponibiliza dados bancários, empresariais, comerciais e financeiros de pessoas físicas, jurídicas e negócios.
Um ponto de extrema relevância é que os dados do consumidor só serão compartilhados entre as empresas de seguro com o consentimento dele, sendo possível escolher a quais organizações deseja disponibilizá-los. Existe também a opção de voltar atrás da sua decisão e interromper o compartilhamento das informações a qualquer hora.
Quais são os impactos do Open Insurance no mercado de seguros?
A transformação digital associada ao Open Insurance faz com que as empresas de seguro tenham que se adaptar a uma nova realidade, além de abrir uma infinidade de oportunidades. Veja, a seguir, quais são os principais impactos desse conceito.
Promove a digitalização do mercado
A chegada do Open Insurance colabora para acelerar a digitalização do mercado de seguros. Essa área sempre foi conhecida por ser extremamente regulada, conservadora e apresentar brechas que a deixavam sujeita a fraudes, mas, com a modernização de suas operações, a tendência é que esses problemas sejam solucionados.
Graças às APIs, os sistemas de diferentes instituições podem ser conectados, automatizando as transações entre elas, além de torná-las muito mais seguras. Essa prática vai gerar uma grande quantidade de dados, que devem ser bem gerenciados a fim de que resultem em insights valiosos para a construção de propostas de serviços personalizadas para cada consumidor.
Toda essa modernização do mercado de seguros também exige que as organizações agreguem agilidade às operações, buscando ferramentas que facilitem a sua adaptação ao mundo digital. Nesse sentido, a adoção de assinaturas eletrônicas é uma importante aliada, já que otimiza a comunicação entre as seguradoras e os seus clientes.
Após o consumidor se interessar por uma proposta de seguro, por exemplo, é necessário que a fornecedora do serviço elimine a burocracia atrelada à sua aquisição. É exatamente isso que a assinatura eletrônica proporciona, pois possibilita o envio de contratos por e-mail e a assinatura do documento em poucos toques pelo tablet ou smartphone sem que o cliente tenha que sair de casa.
Democratiza o acesso aos serviços de seguro
Os dados compartilhados pelo Open Insurance permitem que as seguradoras aperfeiçoem os seus serviços e inovem constantemente — fator que eleva a competitividade desse mercado e torna os produtos mais acessíveis, com apólices mais baratas. Mais pessoas poderão adquirir seguros, aumentando também as oportunidades de mercado para as empresas.
Contribui para a personalização dos produtos
Conforme o Open Insurance for se consolidando no mercado, as seguradoras que se adaptarem a essa novidade e utilizarem os dados dos consumidores de forma inteligente terão as condições e os mecanismos necessários para criar produtos personalizados ao perfil de cada cliente, elevando consideravelmente as chances de conversão de vendas e, consequentemente, de ganhos.
Quais são as suas aplicações?
A aplicação do Open Insurance não se limita ao desenvolvimento de novos produtos e serviços de seguro. Isso porque ele também pode ser utilizado para a criação de comparadores e marketplaces. Na prática, isso pode ser feito por meio de aplicativos que listam e comparam os preços e condições de ofertas das seguradoras em um único local.
O volume de dados gerados pela novidade ainda pode ser aproveitado para desenvolver soluções voltadas à conveniência dos consumidores. Um exemplo disso são os aplicativos que agregam em um único espaço as informações da vida financeira de uma pessoa, independentemente de elas estarem localizadas em instituições financeiras diferentes, o que pode compreender previdência complementar, seguros e capitalização.
O Sistema de Seguros Aberto também pode ser aplicado para iniciação de serviços de seguro pelos meios digitais. Caso o cliente tenha que acionar o seguro, será possível emitir o aviso de sinistro (comunicação da ocorrência) rapidamente pelas plataformas digitais.
Não há dúvidas de que o Open Insurance vai promover uma grande transformação no mercado de finanças e seguros. As empresas que souberem se adaptar a esse novo modo de fazer negócios, adotando recursos que facilitem a digitalização de suas operações, terão muito mais facilidade para inovar, gerar demandas e exponenciar os seus resultados.
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