Pular para o conteúdo principal
Blog
Início/

RPO: o que é, suas diferenças com RTO e sua importância

Renata VazDiretora de Geração de Demanda e Marketing de Conteúdo
ResumoLeitura de 9 min

Descubra o que é Recovery Point Objective (RPO), como ele impacta a continuidade dos negócios, suas vantagens, e como calcular o ideal para sua empresa.

Tópicos relacionados

O recovery point objective (RPO) determina o intervalo máximo aceitável de tempo em que dados podem ser perdidos sem afetar a operação. Definir esse limite é fundamental para garantir a continuidade dos negócios e manter processos estratégicos protegidos.

Ao estabelecer um RPO adequado, a empresa define com que frequência deve realizar backups e qual o ponto exato de recuperação para evitar perdas significativas. Em setores como financeiro, saúde e tecnologia, cada transação ou registro precisa estar disponível, tornando imprescindível um controle rigoroso sobre esses dados.

Nos próximos tópicos, vamos explorar a importância desse conceito, sua relação com o tempo de recuperação e como definir um plano para proteger informações sem comprometer a produtividade.

Qual é a importância do RPO?

A perda de dados pode comprometer operações, gerar prejuízos financeiros e afetar a reputação da empresa. O RPO define até que ponto informações podem ser perdidas sem causar danos significativos, permitindo estruturar estratégias de backup alinhadas às necessidades do negócio.

Um limite bem estabelecido reduz interrupções críticas e assegura a integridade de registros essenciais. No setor financeiro, por exemplo, transações precisam estar sempre disponíveis para evitar inconsistências. Já na área da saúde, garantir que os dados dos pacientes estejam atualizados mantém a continuidade dos atendimentos.

Além da segurança operacional, manter políticas de backup bem definidas também reforça o compromisso com a conformidade regulatória, como a LGPD. Empresas que adotam boas práticas demonstram maior responsabilidade com a proteção de informações e evitam sanções legais.

Além da proteção operacional, um RPO planejado de maneira adequada auxilia no cumprimento de regulamentações, como a LGPD, evitando penalidades e fortalecendo a governança de dados. Aliado a boas práticas de cibersegurança, ele reduz riscos e permite uma recuperação mais ágil em caso de incidentes.

Qual a diferença entre RPO e RTO?

Embora estejam relacionados à continuidade dos negócios, recovery point objective (RPO) e recovery time objective (RTO) têm funções distintas.

O RPO define o volume máximo de dados que podem ser perdidos antes de afetar a operação, como falamos. Esse parâmetro orienta a periodicidade dos backups, garantindo que a empresa consiga restaurar informações sem impacto significativo

Já o RTO define o tempo máximo que um sistema pode ficar fora do ar antes de causar impactos significativos. Quanto menor esse tempo, mais rápido deve ser o processo de recuperação para evitar prejuízos.

Por exemplo, em um e-commerce, um RPO de 30 minutos significa que, em caso de falha, as transações feitas nesse período podem ser perdidas. Se o RTO for de 1 hora, isso indica que o sistema precisa estar totalmente restaurado dentro desse prazo para evitar interrupções no atendimento ao cliente e na geração de receita.

Enquanto o RPO trata da perda de informações, o RTO foca na recuperação da operação. Ambos devem ser definidos conforme a criticidade dos sistemas e a capacidade da empresa de lidar com falhas.

Quais são as vantagens do RPO?

Definir um Recovery Point Objective (RPO) adequado permite que as empresas reduzam perdas de dados, fortaleçam a recuperação de sistemas e garantam conformidade com regulamentações. Com isso, a continuidade dos negócios fica protegida contra falhas inesperadas.

Redução da perda de dados

Quanto menor o RPO, menos informações são comprometidas em caso de falha. Para setores que lidam com registros críticos, como finanças e saúde, manter backups frequentes é essencial para evitar inconsistências e garantir integridade dos dados.

Além de reduzir riscos operacionais, um plano sólido de segurança da informação protege dados estratégicos contra falhas técnicas e ameaças externas.

Aumento da resiliência organizacional

Falhas inesperadas podem afetar a operação, mas um RPO bem definido permite que a empresa se recupere rapidamente, evitando longos períodos de inatividade. Além disso, testar regularmente os processos de recuperação ajuda a corrigir falhas e aprimorar a resposta a incidentes.

Agilidade e redução de custos na recuperação

A demora na restauração de sistemas gera custos operacionais e pode impactar a experiência do cliente. Um RPO alinhado ao negócio possibilita uma recuperação mais ágil, reduzindo prejuízos e otimizando recursos de TI. Tecnologias como backup em nuvem e automação aceleram esse processo e minimizam falhas.

Conformidade com regulamentações e exigências de segurança

Setores como finanças, saúde e governo exigem que empresas adotem políticas rígidas para armazenar e recuperar dados. Manter um RPO adequado ajuda a cumprir essas normas e evitar penalidades, garantindo que registros críticos estejam sempre acessíveis e protegidos.

Como calcular o RPO ideal para o seu negócio?

Definir o RPO correto depende da análise de quais dados são críticos para a empresa e qual volume de informações pode ser perdido sem comprometer as operações. Para isso, é necessário avaliar o impacto de uma falha nos processos e estabelecer uma estratégia de backup alinhada às necessidades do negócio.

Acompanhe o passo a passo do cálculo abaixo.

  1. Identifique os dados essenciais: nem todas as informações precisam de recuperação imediata. Classifique os dados por nível de criticidade, separando aqueles essenciais para a operação dos que podem ser restaurados com menos urgência. Por exemplo: 

  • críticos: transações financeiras, registros de clientes e contratos ativos;

  • importantes: relatórios de desempenho e documentos internos;

  • menos sensíveis: arquivos antigos e históricos de baixa relevância.

  1. Analise o impacto da perda de dados: determine o prejuízo financeiro, operacional e reputacional caso determinadas informações sejam perdidas. Bancos e e-commerces, por exemplo, geralmente exigem RPOs baixos, enquanto setores com menor dependência de dados atualizados podem ter RPOs mais flexíveis.

  2. Defina a frequência de backups: o intervalo entre backups deve garantir que os dados mais recentes estejam sempre disponíveis sem sobrecarregar recursos de armazenamento. Algumas abordagens incluem:

  • backups a cada poucos minutos: para setores críticos, como finanças e saúde;

  • a cada hora ou diariamente: para documentos e dados operacionais;

  • semanal ou mensalmente: para arquivos de referência e históricos.

  1. Avalie a infraestrutura de recuperação: de nada adianta um RPO agressivo se a infraestrutura não suportar backups frequentes. Soluções em nuvem, replicação contínua de dados e sistemas automatizados ajudam a manter um RPO reduzido sem comprometer o desempenho do ambiente de TI.

  2. Teste e ajuste conforme necessário: o RPO não é um valor fixo. Realizar simulações periódicas permite avaliar se os backups e os tempos de recuperação atendem às necessidades reais da empresa. Caso um tempo de recuperação se mostre insuficiente, a estratégia deve ser reavaliada e ajustada.

Quais fatores influenciam o RPO?

A definição do RPO depende de variáveis que vão além da tecnologia usada para backups. O tempo máximo aceitável de perda de dados deve ser ajustado conforme a criticidade das operações, os requisitos legais e a capacidade de resposta da empresa a incidentes.

  • Requisitos regulatórios: empresas que operam em setores altamente regulamentados, como o financeiro e o de saúde, precisam de um RPO mais restrito para garantir conformidade com normas que exigem a preservação contínua de dados.

  • Impacto na cadeia operacional: um e-commerce pode tolerar a indisponibilidade de registros internos por algumas horas, mas não pode perder transações recentes de clientes. Já uma empresa de logística depende de informações em tempo real para coordenar entregas e evitar atrasos.

  • Dependência de sistemas interligados: quanto maior a integração entre os sistemas de uma empresa, menor deve ser o RPO. Organizações que utilizam ERPs, CRMs e bancos de dados conectados devem reduzir ao máximo o intervalo de recuperação para evitar inconsistências entre plataformas.

  • Orçamento e infraestrutura: a redução do RPO exige investimentos proporcionais em armazenamento, processamento e automação. Empresas que operam com margens apertadas podem precisar equilibrar a necessidade de recuperação rápida com os custos envolvidos.

Cada empresa precisa avaliar esses fatores para definir um RPO que equilibre proteção de dados, continuidade operacional e viabilidade financeira.

Como escolher um RPO eficiente?

A escolha do RPO precisa estar alinhada à estratégia de continuidade do negócio. Um intervalo muito longo pode aumentar o risco de perda de dados críticos, enquanto um período extremamente curto pode elevar os custos operacionais sem necessidade real. Para definir um tempo adequado, é fundamental considerar alguns fatores.

O primeiro passo é avaliar quais informações precisam ser recuperadas com maior rapidez. Dados financeiros, registros de clientes e transações devem ter um tempo de recuperação reduzido, enquanto documentos menos acessados podem permitir um intervalo maior sem comprometer as operações.

Outro ponto essencial é a infraestrutura disponível. Soluções em nuvem com replicação automática oferecem maior flexibilidade e garantem que os dados estejam sempre acessíveis, reduzindo a necessidade de intervenção manual. Já backups locais exigem planejamento mais rigoroso, pois podem levar mais tempo para restaurar as informações em caso de falha.

Automatizar processos é outro fator que contribui para um RPO eficiente. Ferramentas que programam backups de forma inteligente evitam falhas humanas e garantem que as cópias sejam feitas dentro do prazo necessário para evitar perdas significativas.

Além disso, é importante testar regularmente a estratégia adotada. Simulações de recuperação ajudam a validar se o tempo de restauração atende às necessidades do negócio e permitem ajustes sempre que necessário.

Com uma análise detalhada, é possível definir um intervalo equilibrado entre segurança, custo e viabilidade operacional.

Como Docusign pode ajudar sua empresa?

A Docusign oferece soluções que garantem a proteção e a integridade de documentos e contratos digitais, contribuindo para a continuidade dos negócios. Com o IAM, sua empresa conta com processos automatizados, recuperação segura de informações e conformidade com regulamentações.

Saiba mais sobre como a Docusign pode fortalecer a segurança dos seus dados.

Fale com o time de especialistasAcesse aqui

Renata VazDiretora de Geração de Demanda e Marketing de Conteúdo

Diretora de marketing com ampla experiência na liderança da área de Marketing e comunicação. Forte orientação para resultados por meio de pensamento estruturado e ampla visão de negócio. Com grande experiência em corporate marketing e geração de demanda - Coordenando PR, Website, blog, social media, campanhas de marketing inbound e outband e eventos de todos os tamanhos, além do gerenciamento de equipe. Sólida experiência em entender as prioridades dos negócios e implementação de uma comunicação e de uma estratégia de marketing eficazes e voltada para resultados.

Mais publicações deste autor

Publicações relacionadas

  • Insights para líderes

    DataOps: veja o que é, como implementar, metodologias e ferramentas

    Fernando Barbosa
    パソコンで電子署名する男女

Confira as novidades do Docusign IAM ou comece a usar o eSignature grátis

Conheça o Docusign IAMAvalie grátis o eSignature
Person smiling while presenting